Qualidade e Produtividade

Consultoria em Análise de Falha|QP06

Geração de Conhecimento
A análise e solução de problemas pode ser feita através de quatro métodos: empírico, científico, filosófico e dogmático, conforme mostrado na Figura abaixo e que serão explorados adiante.

Processos Racionais
Nós, independentes da função, formação ou área de atuação, dentro ou fora da empresa, nos deparamos com situações, as quais se apresentam em termos de dificuldades, preocupações e ou rotinas. Segundo Charles Kepner e Benjamin Tregoe, estas situações, podem ser desmembradas em outras quatro, as quais damos o nome de Problema, Decisão, Oportunidade e Ameaça, que é a base para a arquitetura do PAPD – Processos para Análise de Problemas e Decisões, conforme Figura abaixo.

 

Organizando estes cinco casos: Situação, Problema, Decisão, Ameaça e Oportunidade em um fluxo decisório, teremos uma visão ampla de como atuar, conforme mostrado na Figura abaixo. Neste fluxo observamos duas abordagens relacionadas à falha ou problema, sendo uma com foco na solução do problema e a outra com foco na análise da causa.

 

Foco na Solução do Problema: abordagem utilizada para resolver a situação problema, que passa pela priorização do problema, análise causal, escolha da solução, análise de ameaças e análise de oportunidades. É o ciclo completo. Neste caso citamos as principais abordagens:

  • Ciclo PDCA: Abordagem focada numa filosofia de ir até o fim, naquilo que estiver fazendo, começando por um planejamento adequado e terminando com uma implantação segura. É uma excelente filosofia de pensar e agir, mas não uma ferramenta de analisar causas e resolver definitivamente o problema;
  • Modelo A3: Abordagem utilizada para administrar um problema, ou seja, reportar um problema de forma estruturada; novamente, uma excelente ferramenta para se fazer a gestão do mesmo, mas não uma ferramenta de analisar causas e resolver definitivamente o problema;
  • 8D: Abordagem utilizada para administrar um problema, ou seja, reportar um problema de forma razoavelmente estruturada; novamente, uma ferramenta para se fazer a gestão do mesmo, mas não uma ferramenta de analisar causas e resolver definitivamente o problema;
  • MASP: Abordagem utilizada para analisar problemas simples, pois utiliza uma lógica boa na priorização, bem como uso da estatística para análises; entretanto, peca em usar ferramentas pouco robustas para analisar problemas mais complexos;
  • FRACAS: Abordagem ou processo utilizado para abordar e aprimorar o ciclo de vida dos ativos ao identificar falhas, descobrir suas causas e implementar soluções eficazes, sendo composto por três fases principais: Notificação de Falhas (FR), Análise (A) e Ações Corretivas (CA).

No processo de raciocínio da Kepner Tregoe, listamos as ferramentas aplicadas na solução do problema:

Análise de Situação

1) MAS - Matriz de Avaliação da Situação: Reconhece e esclarece, foca e prioriza as situações, bem como escolhe o processo e avalia a competência para atuação. Como alternativa podemos utilizar o GUT – Gravidade, Urgência e Tendência.

Análise de Decisão

6) MAD – Matriz de Análise de Decisão: Estabelece o propósito, detalha os objetivos, cria e avalia as alternativas, avalia os riscos e indica as melhores opções de escolha.

Análise de Ameaça

  • MAA – Matriz de Análise de Ameaças: Estabelece o propósito, define e identifica as etapas críticas sob o aspecto negativo, identifica os problemas potenciais com suas respectivas causas e lista as ações de prevenção e proteção.

Análise de Oportunidade

  • MAO – Matriz de Análise de Oportunidades: Estabelece o propósito, define e identifica as etapas críticas sob o aspecto positivo, identifica as oportunidades potenciais com suas respectivas causas e lista as ações de promoção e capitalização.

Foco na Análise da Causa: abordagem utilizada para se chegar à causa raiz do problema, ou seja, a contrapartida da solução. Essa análise é o coração das abordagens, pois causas raízes mal definidas desencadeiam soluções ineficazes e o problema volta a ocorrer. Listamos as quatro principais ferramentas para analisar problemas, dos mais simples aos mais complexos, conforme Figura abaixo:

 

Análise de Problema

  • DPP – Diagrama Porquê Porquê (5 Porque): Define o padrão, identifica o problema, questiona a ocorrência e finaliza na verdadeira causa raiz.
  • MDF – Matriz Dedutiva de Falhas: Define o padrão, identifica o problema, detalha o problema, avalia suas diferenças e mudanças, cria e testa as hipóteses.
  • DIF – Diagrama Indutivo de Falhas (Diagrama Causa Efeito Modificado): Define o padrão, identifica o problema, estabelece os grupos de causa, infere sobre a causas prováveis, exclui as causas improváveis, cria e testa as hipóteses.
  • ADF – Árvore Dedutiva de Falhas: Define o padrão, identifica o problema, lista os efeitos indesejáveis, interliga estes efeitos e seleciona as ações adequadas para solução do problema.

Situação Problema
Problema é um desvio de causa desconhecida e que incomoda alguém. Em todo Problema estão relacionadas condições (existência ou ausência) e ação (ocorrência no momento do desvio). Normalmente todo Problema está relacionado a três elementos distintos: Conteúdo, Tempo e Espaço.

A Regra é que todo Problema tem como causa uma mudança que atua numa diferença. Quando analisando um Problema tipo Regra, deve-se identificar as mudanças e diferenças e criar hipóteses de causa que justificam a sua ocorrência. A Exceção é que o Problema não foi causado por uma Mudança. Isto se aplica para aqueles Problemas que ocorrem desde o início e sempre. Suas causas devem estar relacionadas a diferenças ou a questionamentos do padrão, tecnologia, projeto, conformação, instalação ou operação.

A melhor ação em relação a um Problema deve atuar na causa raiz. Para isto é necessário analisá-lo.  Isto requer análise de profundidade e de lateralidade. A análise e solução de problemas pode ser feita através de quatro métodos de conhecimento: Empírico, Científico, Filosófico e Dogmático, conforme já vistos anteriormente. Por vários motivos, considerando-se a confiabilidade da resposta e o tempo para a sua obtenção, o método científico é o mais recomendado (utilizado).

Por método científico entende-se juntar evidências observáveis, empíricas (ou seja baseada apenas na observação) e mensuráveis e as analisar com o uso da lógica. Pode ser entendido também com a lógica aplicada à ciência. O método científico, mais adequado ao propósito de analisar corretamente e em profundidade a causa de um determinado problema, é composto de quatro principais passos: Observação, Problematização, Hipotetização e Experimentação, conforme mostrado na Figura abaixo:

 

Toda análise de Problema é sustentada pela verdade. Isto é conseguido através de evidências. Não trabalhe com chutes ou dados falsos. Na ausência de dados verdadeiros e precisos, procure por eles. Não vá para o caminho mais fácil, pulando evidências. Isto condena a sua análise tornando-a sem qualquer valor científico.

Normalmente podem ser utilizadas quatro ferramentas, já citadas anteriormente, para Análise de Problema: DPP – Diagrama Porquê-Porquê, MDF – Matriz Dedutiva de Falhas, DIF – Diagrama Indutivo de Falhas e ADF – Árvore Dedutiva de Falhas. O uso destas ferramentas, isoladamente ou combinadas, depende do tipo de Problema e da habilidade das pessoas no seu uso.

Análise de Falhas
A análise de falha é um processo extremamente criterioso, que tem por objetivo determinar as possíveis falhas de um material, sistema, produto ou processos, através de métodos de questionamentos. Com o grande avanço da tecnologia, diversos estudos possibilitaram um maior conhecimento do comportamento dos materiais, contudo ainda é muito difícil de garantir a prevenção de uma falha, já que cada caso tem suas particularidades, e são muitos os fatores que podem ser extremamente decisivos para o desenvolvimento de uma falha.

 Por definição, falha é um evento indesejado que afeta diretamente a eficiência e a segurança no funcionamento de um projeto, processos ou sistema, podendo apresentar fratura ou não. Na maioria das vezes a falha acontece de forma silenciosa e inesperada, podendo colocar em risco vidas humanas, danos econômicos, ambientais e até mesmo comprometer diretamente o rendimento e a qualidade do produto.

Roteiro para Análise
Este roteiro de oito passos, é um excelente guia para a aplicação das metodologias para Análise e Solução ao de Problema, de forma científica e sistemática.

 

(1) Relato da Situação Problema: Fazer uma breve descrição da situação explicando o porque de se estar trabalhando neste problema e o que se pretende resolver.

(2) Identificação Precisa do Problema: Deixar claro qual é o problema que será analisado e qual não é o problema, dando nome ao mesmo, usando um objeto e um desvio.

(3) Compreensão Detalhada do Problema: Buscar todos os dados e informações relevantes relacionados à ocorrência e não ocorrência do problema. Explore o uso da estatística.

(4) Formulação das Hipóteses de Causa: Elaborar as diversas hipóteses de causa possíveis, a partir dos dados e informações coletados e analisados, incluindo-se o uso das inferências.

(5): Teste das Hipóteses de Causa: Fazer os testes aplicáveis, de modo a eliminar no papel as hipóteses que não se sustentam logicamente, sobrando apenas as realmente relevantes.

(6): Fechamento da Causa Real: Submeter as hipóteses de causa que não foram eliminadas aos três tipos de verificação: Factualidade, Realidade e Resultado.

(7): Proposição da Solução Adequada: Gerar ações que possam realmente resolver o problema analisado, de forma definitiva, considerando-se as vantagens e as desvantagens.

(8): Plano de Ação e Controle: Elaborar um Plano de Ação consistente de modo a implantar a solução proposta, usando as práticas de Gerenciamento de Projetos e ou do Ciclo PDCA.

Escopo da Consultoria
A Causa Raiz é a contrapartida da solução. Muitas vezes não é tão simples assim chegar nela; precisa-se de uma abordagem mais robusta baseada no Método Científico. Somos especialistas na prestação deste tipo de serviço. Para Perdas Média e Alta e Complexidades Média e Alta, estruturamos os ATC. Para os outros casos, estruturamos os APG. Nosso propósito é auxiliar os grupos APG e ou ATC na análise e solução de problemas utilizando-se as principais abordagens e ferramentas citadas, principalmente para as situações problema de grandes perdas e complexidades, conforme mostrado na Figura abaixo, através da ATC – Atuação dos Times de Competência.

 

Próximo Passo
Caso a sua empresa esteja interessada em desenvolver este trabalho análise de falhas, não hesite em nos contatar para fazermos os alinhamentos necessários e envio de proposta técnica e comercial.